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Ruanda: Guerra civil
    Dominique Bizimana, de Ruanda, acumula as funções de jogador do time de vôlei sentado e presidente do comitê paralímpico do país desde 2004.

Atleta foi recrutado quando adolescente na guerra civil do país
Aos 16 anos, Bizimana foi recrutado como soldado da FPR (Frente Patriótica de Ruanda) e perdeu a perna esquerda durante a guerra civil no país, que deixou pelo menos 800 mil mortos em três anos. "Depois que perdi a perna, eu consegui voltar para a escola. Terminei o ensino secundário com 21 anos e entrei na universidade", contou à BBC Brasil. Na universidade, Bizimana - que costumava jogar futebol, vôlei e basquete antes do acidente - fazia parte de uma associação de alunos com deficiência e recrutava colegas para times praticar esportes.
    "Eu tentava trazer meus colegas que também tinham deficiências para jogarem voleibol normal, usando próteses. Em 2001, eu descobri que havia os Jogos Paralímpicos na internet e criamos o comitê". O atleta conta que os para-atletas do país não tinham apoio oficial até 2004. Antes disso, eles dependiam das ONGs que atuam no país com vítimas do conflito. "Naquela época ainda não tínhamos autoconfiança, muitas famílias escondiam as pessoas com deficiência. Foi difícil para eu convencer as pessoas a jogar."
    Depois da participação de um atleta ruandense em Sydney 2000, o comitê conseguiu classificar dois atletas para Atenas 2004 e um para Pequim 2008. Em Londres, a delegação paralímpica de Ruanda tem 14 atletas em três esportes. "Em 2004, por sorte, um dos atletas que tivemos na época trouxe uma medalha de bronze. Aí começamos uma campanha com o apoio da mídia para encontrar novos atletas e fortalecer a delegação", relembra Bizimanda.
    "Se você for agora para Ruanda, vai ver que o movimento paralímpico dá orgulho para o país. Acho que demos um bom exemplo e somos muito respeitados."
Geórgia: Minas terrestres
    Foi o investimento financeiro direto da primeira-dama da Geórgia, Sandra Roelofs, que fez com que Nika Tvauri pudesse ir à sua primeira competição internacional de natação, o Campeonato Mundial de 2011, na Turquia, e ganhar a medalha de bronze.

Nadador teve ajuda direta da primeira-dama do país para ir a primeira competição internacional
O nadador, de 28 anos, é metade da delegação da antiga república soviética em Londres 2012. Ele perdeu a visão e 90% da mão direita aos 16 anos, quando pegou nas mãos uma antiga mina, que encontrou perto de sua casa, no subúrbio de Tbilisi. O país herdou um "estoque" de minas do período soviético, mas não se sabe a exata localização de muitas delas. De acordo com a ONG Landmine and Cluster Munition Monitor, as principais ameaças aos civis e uma das principais causas de deficiência no país são as minas abandonadas, como a que atingiu Tvauri.
    Em 10 anos, ele passou por 10 operações e chegou a recuperar a visão temporariamente algumas vezes. "Era uma situação em que eu não sabia se deveria esperar ou fazer algo de útil”, disse à BBC Brasil. "Tentei fazer uma universidade, mas como não conseguia seguir linhas retas com a mão esquerda, não conseguia ler braille, e acabei desistindo." Ele diz que pensou que a natação poderia ser o esporte ideal para praticar por causa das raias da piscina, marcadas de modo a dar apoio aos para-atletas que são deficientes visuais.
Colômbia: Violência urbana

Atletas do time de basquete foram alvo de balas perdidas e tentativas de assalto à mão armada
A violência urbana na Colômbia fez pelo menos quatro vítimas no time paralímpico de basquete em cadeira de rodas, que se classificou pela primeira vez na história para os Jogos. Freddy Rodríguez foi atingido por uma bala perdida na coluna aos 8 anos de idade, quando vivia em Caquetá, na Amazônia colombiana.
    A região é um dos principais cenários do conflito armado no país, que se estende intermitentemente pelos últimos 50 anos e responsável por um dos maiores números de deslocados internos do mundo.

Violência de gangues ligadas ao narcotráfico deixa milhares de mortos a cada ano na Colômbia
    No primeiro ano como nadador profissional, Tvauri foi financiado integralmente pela família, mas somente dois anos e meio depois de ter começado a carreira, consegui o bronze no campeonato mundial. Depois de mais um bronze e um ouro no mundial de 2012, ele conseguiu uma vaga nos Jogos e viu o reconhecimento do esporte paralímpico aumentar na Geórgia, onde também era comum que famílias escondessem seus membros com deficiências da sociedade. Desta vez, os dois atletas foram homenageados com uma festa antes de deixar o país e são tema de uma canção feita por um grupo local.
William Pulido, de 34 anos, ficou paraplégico aos 15 anos ao ser baleado em uma briga na rua, em Bogotá. Como no caso da maioria de seus colegas, ele passou a jogar basquete em cadeira de rodas durante o processo de reabilitação, como atividade terapêutica.
    "O esporte é o eixo fundamental de toda a minha vida. Graças a ele me reabilitei, estudei e segui adiante", disse Pulido à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC. Germán Garcia e Guillermo Alzate, que também fazem parte do time, foram atingidos por um tiro e uma facada, respectivamente, em tentativas de assalto também na capital colombiana.

Estamos em 8º lugar!
As medalhas do Brasil até agora:
OURO
Atletismo feminino - Terezinha Guilhermina
Atletismo masculino - Felipe Gomes
Atletismo masculino - Alan Fonteles Oliveira
Atletismo masculino - Yohansson Nascimento - Record Mundial
Bocha misto - Dirceu Jose Pinto/Eliseu dos Santos
Natação masculino - Andre Brasil
Natação masculino - Daniel Dias - Record Mundial
Natação masculino - Daniel Dias
Natação masculino - Andre Brasil - Record Mundial
Natação masculino - Daniel Dias - Record Mundial
PRATA
Atletismo masculino - Odair Santos
Atletismo feminino - Jerusa Santos
Atletismo masculino - Daniel Silva
Atletismo masculino - Yohansson Nascimento
Judô feminino - Lúcia Teixeira
Natação masculino - André Brasil
Natação masculino - Andre Brasil

BRONZE

Atletismo masculino - Jonathan De Souza

Judô masculino - Antônio Tenório
Judô feminino - Michele Ferreira
Judô feminino - Daniele Bernardes

Fonte: globoesporte.com

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