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 Vivendo, aprendendo, observando, etc,...


Desculpe as palavras que usei, mas, é o que eu constatei ao participar de um seminário e durante minha aula de Afrodescendentes na América Latina, após ouvir repetido ponto de vista, “destacando que sempre há um branco ou uma branca que toma a frente para mudar a história dos negros...”, sinceramente custei a acreditar que tinha ouvido isto e mais de uma vez ainda. Os brancos possuem super heróis brancos, os quais os salvam e os outros povos. Ora posso dizer que não foi mais que fazer uma obrigação, um dever, a África não pediu que fosse invadida, que transformasse seus povos em escravos, para anos depois serem salvos, serem encorajados. Todo povo tem sua força, coragem, inteligência, família, riqueza ou pobreza de alma, conduta, caráter.
Acho que infeliz conclusão de quem falou isso, porque ainda precisa continuar aprendendo , estudando e principalmente se integrando com os outros.
Cito ainda o filme Histórias Cruzadas, onde as mulheres, que não conseguiam mudar sua realidade, lutavam para mudar a vida, o futuro dos filhos, quando orgulhosas, via na escola, na faculdade, a salvação para eles. Até mesmo Rosa Parks, lutou bravamente ao se recusar a dar seu lugar no ônibus, em tempo de segregação racial.
É mais que necessárias aulas de qualidade sobre os negros e índios, pois os brancos possuem mentalidades padronizadas, exemplo, “... índios não querem se misturar, não procuram faculdade, não precisa cotas, tem que ser pelo esforço...”, não sabem que já houve e há lutas, muitos esforços, mas sempre com algum bloqueio de divulgação, por mais que se tenham notícias quando de interesse principalmente político.
O “esforço” de Zumbi continua, o “esforço” do índio continua, e seguirá sempre ao encontro do bem viver e não só do bem que preciso para viver.


Isis Alves

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