Reinaldo Azevedo
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
06/03/2012
às 15:05Paulo Henrique Amorim debocha pela segunda vez do juiz Daniel Felipe Machado
Vocês viram ontem aqui
que o juiz Daniel Felipe Machado, da 12ª Vara Cível do Distrito
Federal, intimou Paulo Henrique Amorim a cumprir os termos de um acordo
judicial que o obrigava a publicar em seu blog uma retratação por ter
dirigido graves ofensas ao jornalista Heraldo Pereira — entre elas,
“negro de alma branca”. Também afirmou que um dos mais competentes e
mais bem-preparados jornalistas do país só ocupa posição de destaque na
Globo por “ser negro e ter origem humilde”. Muito bem! Faz parte do
acordo a publicação dessa retratação em dois jornais: Correio
Braziliense e Folha de S.Paulo.
Por que a
intimação? Porque Paulo Henrique não vinha cumprindo o que foi acordado:
publicou, sim, em seu blog a retratação, mas no corpo de textos em que,
para escândalo da Justiça, reiterava, por meio de terceiras pessoas, as
mesmas ofensas que motivaram o processo na área civil — e outro movido
pelo Ministério Público Federal na área criminal.
Na sua
sentença, o juiz Daniel Felipe Machado foi explícito: a publicação da
retratação nos jornais não deveria vir acompanhada de quaisquer
comentários. Vejam:
Pois bem: o que fez Paulo Henrique Amorim? Publicou, sim, a retratação no Correio Braziiense, mas assim:
Raramente se viu tamanho deboche!
Paulo Henrique Amorim claramente não havia cumprido o acordo, tanto que foi intimado pelo juiz a fazê-lo.
Ao publicar a retratação, emendou seus comentários, que distorcem de maneira miserável a verdade.
Atua, pois, explicitamente contra a determinação do juiz.
Paulo Henrique Amorim claramente não havia cumprido o acordo, tanto que foi intimado pelo juiz a fazê-lo.
Ao publicar a retratação, emendou seus comentários, que distorcem de maneira miserável a verdade.
Atua, pois, explicitamente contra a determinação do juiz.
Paulo
Henrique insiste na farsa de que Heraldo Pereira “atestou que a
expressão negro de alma branca não foi usada com o sentido de ofender,
nem teve conotação racista”! Mentira! Essa é a retratação que Paulo
Henrique faz; isso é o que ele diz de si mesmo. O acordo judicial só
servia para pôr um ponto final na ação — desde que desdissesse o que
dissera. Paulo Henrique finge que quem está se retratando é… a vítima
das ofensas! Tanto isso é mentira que Heraldo Pereira foi admitido como
auxiliar da acusação do processo criminal, movido justamente por
“racismo e injúria racial”.
Intuo que o
advogado de Heraldo vá denunciar ao juiz Daniel Felipe Machado mais esse
deboche. Vamos ver qual será a decisão do meritíssimo. Há uma máxima
segundo a qual “decisão de Justiça não se discute”. É um troço
autoritário. É claro que se discute. MAS SE CUMPRE!!! E, caso não se
concorde com ela, deve-se recorrer se houver essa possibilidade. O que o
estado de direito não admite é isso que faz Paulo Henrique.
Não serei eu
a dizer o que deve fazer o doutor Daniel Felipe Machado. Sei que, a
ficar tudo como está, dentro em breve, ninguém mais estará dando bola
para as suas decisões: “Ah, não liga, não! Esse é aquele juiz de quem
aquele blogueiro e apresentador de televisão debochou. A gente não
precisa dar bola”.
É… Se Paulo Henrique pode mandar o juiz às favas, por que não os outros?
Quanto às ameaças de processar Deus e o mundo, repetida por Paulo Henrique, uma questão central:
ELE PRETENDE RECORRER À JUSTIÇA? À JUSTIÇA CUJA DECISÃO ELE PRÓPRIO NÃO RESPEITA?
ELE PRETENDE RECORRER À JUSTIÇA? À JUSTIÇA CUJA DECISÃO ELE PRÓPRIO NÃO RESPEITA?
Por Reinaldo Azevedo
A inveja, ódio, são ingredientes do racismo manifestado por Paulo Henrique Amorim. Que ele se arrependa deste pensamento e sentimento infeliz. As mascaras sempre caem.
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