O nome dos bois - O nome dos bois¹ Tania Pacheco “Já que os africanos assim falavam, Isso me compraz!”² - - - Uma fazenda de engorda foi a finalidade que a família Breves deu a parte do território da Marambaia, no século XIX. Só que o “gado”, por mais debilitado que estivesse ao chegar, andava sobre dois pés. Um “gado” negro, caçado na África, parcialmente exterminado nos porões infectos dos navios usados na travessia, que precisava ser “forrado” para ser vendido. Alguns permaneceriam, entretanto, trabalhando nas terras da família. É de seus descendentes que falamos, quando tratamos da luta dos remanescentes do Quilombo da Marambaia. Mas é também deles que falam outros. Outros que têm espaço assegurado na grande imprensa e se dedicam, impiedosamente, a torcer a verdade e a apresentar não só as famílias da Marambaia como outras – de São Francisco de Paraguaçu, de Juína, do Vale do Guaporé e muitas mais – como mentirosos e usurpadores. “Nem a escravidão criou...
Ser atualizadora das ações para questões sociais e raciais, incentivadora e aprendiz.